O Amazonas registra mais 82 mortes pela Covid 19 na madrugada deste sábado (16), nas últimas 24 horas.
Com isso, o estado chega a 6.043 vidas perdidas.
Também houve 3.151 novos casos, totalizando 226.511
Um fato inédito: nesta sexta-feira (15) 213 corpos foram sepultados nos cemitérios da cidade.
É uma dor que dilacera o coração, desabafa o advogado Francisco Baleiro.
Após tomar conhecimento da morte de dois irmãos e um cunhado, a dor não parou por aí.
A doença também tirou a vida da filha dele, Alana Gabriele de apenas 22 anos.
Aos gritos o advogado muito conhecido em Manaus dizia: “O Dia D e a hora H ministro Pazuello, foi às 11h30 quando soube da morte de minha filha na flor da idade”, gritava aos prantos.
“É uma dor que jamais sairá de minha memória. É uma cena de horror”.
No desabafo, Baleiro indagava: “O senhor sabe o que é perder quase que uma família inteira ministro” ?
“São muitas vidas que estão perdendo a batalha contra a doença”.
“É algo como nunca vi, algo dominado pela incúria, pela incompetência e pela leniência”, concluiu.
E para completar a tragédia familiar, enquanto o advogado desabafava, chegava a notícia de que sua mãe havia sido internada em estado gravíssimo com Covid 19.
Clima de guerra.
Manaus amanheceu em clima de guerra com 223 mil pessoas infectadas, e o colapso total na saúde e tem 5.186 mortes confirmadas.
A mutação do Covid 19 na cidade está assustando o mundo.
Para a médica Gabriela Oliveira, assim como outros profissionais da área de saúde do Amazonas, a situação é de clima guerra.
“O que vivi nesta quinta-feira (14) nem nos meus piores pesadelos eu pensei que poderia acontecer. Não ter como assistir um paciente, não ter palavras para acalentar um familiar. Isso é uma coisa que vai ficar, uma cicatriz eterna nos nossos corações. Pacientes estão morrendo na hora de serem medicados”, desabafa.
A Europa e a Ásia proibiram voos para o Amazonas devido a agressividade da mutação do vírus, mas ele já chegou ao Reino Unido e o Japão.
E nesta sexta-feira (15), mais uma leva de pacientes com a doença chega ao DF.